5º tarefa - como foi a minha experiência
No dia 19, um dia antes da chegada de Pedro , Romilda, Marlene e Inês em São Paulo, eu estava muito inqueita e ansiosa. Preocupada para que todas as coisas planejadas dessem certo ( que eles fossem bem recebidos nas lojas, que não faltassem táxis - porque estavamos em 5 pessoas, que eles se sentissem a vontade) enfim que a experiência fosse super boa para eles, e assim já seria para mim.
Pois bem as 4h00 da manhã do dia 20, já estava acordassima, na expectativa de busca-los no terminal barra funda as 5h35 e o dia se seguiu com percalços pela difuldade de arranjar táxis, com a chuva que atrapalhou um pouco, com a preocupação deles não perderem o ônibus no dia seguinte ( eles pegaram o ônibus as 17h00 do dia 21 e as 14h00 ainda estavamos em um bate-papo super envolvente na loja Ponto Solidário no jardins).
Mas, o que eu posso dizer é que para mim essa experiência foi muito incrível, foi espetacular ver os olhos deles atentos para imensidão que iam descobrindo de São Paulo, o barulho estritente das buzinas no trânsito, a facilidade do metrô, a descoberta da escada rolante ( que mesmo com ela metada do grupo preferia subir as escadas). Olhares que por vezes pareciam ingênuos e que me encantavam me agunçando para estarmos mais próximos. E foi isso que eu senti, depois desses dois dias de contato, me sentia muito próxima deles, e percebi que a recíproca foi verdadeira.
Fiquei muito feliz de vê-los se mostrando ao serem recebidos por Patrícia na Associação Mundaréu, por Amélia no Arte em Fios, por Vanessa na Casa da Vila e por Idália no Ponto Solidário. E cada vez que entravamos em alguma loja uma onda de excitação e empolgação me envadiam. E de preocupação quando Vanessa, foi um pouco mais rude ao dar dicas dos produtos. Mas, que eu também percebi que eles levaram super na boa.
Preocupação para que eles se sentissem em casa no Hotel e achando que o que eles preferiam era cada um ficar em um quarto. Porém, não foi assim, que Inês se sentiu ao pedir para dormir com Romilda, pois não estava acostumada a dormir sozinha. Tenho certeza que para eles foi uma experiência muito boa e ela foi muito incrível para mim - nem tanto por ver as oportunidades de vendas dos produtos deles que eu já sabia que existiria- mas por ter conhecido pessoas extraordinárias. E ter vontade de cada vez estar mais por perto, conhecer mais sobre suas histórias ver um sorriso rosto e um olhar sincero.
Tecnicamente posso dizer que cumpri o objetivo do meu planejamento para visita, os artesãos puderam vivenciar um pouco das complexidades que existem de comercialização com São Paulo ( que não um ambiente que estão acostumados). Ainda não tomaram controle desses contatos, eu estou auxiliando nessa intermediação. Em contrapartida, tem muitas coisas que a gente não consegue planejar - e nem deve - que acabam acontecendo e são surpreendentes. Como foi eu ter conhecido um pouco de cada um deles de maneiras diferentes. E poder estar por perto nessa vivência deles.
E foi a minha primeira experiência de trabalho com alguma comunidade, de lidar sozinha - tanto tempo- com as pessoas. Deu medo, mas o medo passou rapindinho dando lugar para sentimentos muito melhores.
( numa visita inesperada)
( Romilda)
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